segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Morango em ambiente protegido - UFRRJ II


Morango em estufa - UFRRJ



Vasconcella monoica

Amadureceram.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Presidente em exercício Michel Temer convoca encontro para discutir a crise da citricultura

A pedido do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), Temer recebeu diretoria da Associtrus e ouviu reivindicações; grupo também foi ao Cade.

O Deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) foi recebido hoje (04) em audiência pelo presidente em exercício Michel Temer. Eles discutiram a crise que afeta a citricultura paulista e os próximos passos para a licitação da duplicação da BR-153.

Atendo a pedido de Edinho o presidente recebeu os representantes dos citricultores, entre eles o presidente da Associação Brasileira de Citricultores, Flávio Viegas, e Alexandre Berto, Emerson Fachini e Raul Furquim Neto.

Na presença do grupo, Michel Temer ligou para o ministro da Agricultura, Antonio Andrade, cobrando providências. Ficou decido que a crise da citricultura será discutida na próxima terça-feira, no Ministério da Agricultura, em horário a ser definido, com a presença dos principais líderes do setor produtivo e do deputado Edinho Araújo.

REIVINDICAÇÕES DA CITRICULTURA

Na audiência com Temer, Edinho Araújo e os representantes de citricultores apresentaram ao presidente em exercício as principais reivindicações do setor. Elas já haviam sido encaminhadas ao Ministério da Agricultura, por meio de oficio, pelo deputado Edinho Araújo.

As principais medidas cobradas pelos produtores de laranja são:

* renegociação de dívidas a longo prazo e com juros baixos (securitização);

* inclusão da laranja na política de preço mínimo e retomada dos leilões de PEPRO;

* inserção do suco de laranja em programas governamentais, como de distribuição de cestas básicas a pessoas carentes;

* aumentar o percentual de suco de laranja para os néctares (o suco tem ao menos 50% de polpa de fruta; néctar concentra de 30% a 50%);

* redução de impostos do setor;

* melhoria do ambiente de negócios, com maior transparência de informações sobre consumo, estimativa de safra etc.;

* fortalecimento da representatividade dos citricultores independentes nas negociações do Consecitrus e construção conjunta do modelo final para restabelecer o equilíbrio no setor;

* investimento em marketing para promover o aumento do consumo de suco de laranja; entre outras.

NO CADE

Edinho Araújo também acompanhou os produtores em visita ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Os produtores travam uma luta contra o poderio da indústria, à qual acusam de formação de cartel.

Segundo eles, a indústria manipula o mercado e controla os preços, sufocando os produtores. A indústria também aumentou nos últimos anos suas áreas próprias de plantio, eliminando produtores pequenos e médios, que, sem condições de vender a fruta, deixam a atividade.

A situação do mercado de laranja é crítica. A fruta precoce amadurece nos pomares e não encontra compradores. Os poucos negócios feitos atualmente giram em torno de R$ 6,00 a caixa de 40,8 quilos, valor inferior ao custo de produção.

“Estamos defendendo a fixação imediata de um preço mínimo para a caixa de laranja, como conseguimos no ano passado. A fruta foi vendida a R$ 10,00 a caixa, com subsídio do Programa de Escoamento da Produção, o que aliviou os prejuízos de parte dos produtores”, disse Edinho Araújo.

Fonte: Assessoria Deputado Edinho Araújo
Atualidades da Florida – Agosto de 2013
04/09/2013
Publicado em 29/08/2013,br.

Atualidades da Florida – Agosto de 2013 Em recente viagem à Florida, o consultor Gilberto Tozatti relata os avanços tecnológicos e atualidades da citricultura nos aspectos técnico e econômico. A citricultura da Florida chegou a produzir em 2004 mais de 240 milhões de caixas, em decorrência da recuperação de seus pomares antes afetados pelas geadas da década de 80, utilizando-se de tecnologia, tais como; irrigação localizada, adensamento de plantas, porta-enxertos mais adaptados, agricultura de precisão, entre outras. Mas, devido uma sequencia histórica de destrutivos furacões e a consequente disseminação do cancro cítrico e na tentativa de erradicação da doença, o estado da Florida perdeu um terço de sua área produtiva de citros, colocando em risco sua sustentabilidade. Não bastasse a ocorrência destes eventos em 2005 surgiu o HLB ou Greening; doença devastadora que tomou praticamente todo o estado sem dar condições de uma rápida reação por parte do setor produtivo em combate-la de forma eficiente.

De lá para cá, devido a experiência amarga da erradicação de plantas por Cancro Citrico, os produtores não estavam motivados a erradicar as plantas sintomáticas de HLB, embora não tenham deixado de controlar de forma cada vez mais agressiva o psilidio – vetor da doença. Da mesma forma que ocorre no Brasil, o numero de pulverizações vem aumentando a cada ano; na ânsia de conter o nível de infecção da doença e seu avanço. O uso de inseticida sistêmico é cada vez mais intenso, porem respeitando-se os limites impostos pela legislação local. E o resultado desta técnica tem sido animador, principalmente quando utilizado em replantas. O sistema de replantas por sua vez, que consiste em substituir as plantas sintomáticas e conduzi-las com manejo nutricional e controle do vetor, tem dado excelentes resultados em sua condução. Na maior parte das situações parece valer a pena o replantio, desde que as replantas sejam muito bem conduzidas.

Uma das coisas que mais chama a atenção dos brasileiros que visitam a Florida é a capacidade de adaptação e atitude que o povo americano demonstra diante dos desafios que surgem na citricultura. Um dos aspectos técnicos que devíamos aplicar no Brasil é o controle regional do vetor. Cada dia que passa mais produtores adota este sistema de controle do psilidio, e menor é a incidência regional da praga que no passado encontrava-se em alta população na Florida. Mesmo os produtores com atitude de liderança chegam a conduzir seu próprio controle regional motivando seus vizinhos através de comunicação simples por email e envio de mapas do Google, sem custos, e com resultados animadores.

O sistema radicular da planta é o grande tema do momento. Preserva-lo a todo custo é fundamental para o convívio com o HLB. Mas, se houver algum outro fator associado à doença, que afete o sistema radicular, como por exemplo, Phytophtora (Gomose), Nematoide, ou Besouros de Raiz, a planta sintomática de HLB apresenta declínio rápido e certo, mesmo com o uso de aportes nutricionais. O uso de nutrientes como o Fósforo, Cálcio, e Boro visando o sistema radicular têm sido fundamental nos tratamentos nutricionais, principalmente via solo. E o uso de matéria orgânica passou a ser um item importantíssimo na preservação do sistema radicular; seja com o uso de fertilizantes orgânicos ou organominerais, bem como os condicionares de solo. Trabalhos científicos já comprovam esta técnica.

Um tema apresentado na Citrus Expo 2013 que chamou a atenção é o uso da termoterapia como ferramenta para eliminar ou reduzir a titulação da bactéria do HLB dentro da planta. Com o uso de uma câmara de plástico para promover o aquecimento da planta sintomática, durante um período de no mínimo 48 horas a uma temperatura máxima de 40-42 graus Celcius, é possível manter a planta sem a bactéria por dois anos, monitoradas por análises de PCR. Isto abre uma nova perspectiva para manter as plantas sem o efeito da doença por mais tempo, nas condições da Florida, e pode explicar porque em regiões mais quentes a doença é mais lenta, ou até mesmo porque as plantas se mostram mais saudáveis no período do verão quando as temperaturas são mais altas. Numa situação de possível convívio com a doença esta técnica, a ser melhorada, poderá fazer parte do ferramental que hoje os americanos desenvolveram para o convívio com a doença até o surgimento da nova geração de plantas – as transgênicas.

Por sua vez a transgenia, ou plantas geneticamente modificadas (OGM), ainda tem um longo percurso a percorrer segundo os pesquisadores americanos. Embora já existam plantas no campo sendo testadas e com bons resultados, levará muito tempo para que isto se torne uma realidade prática.

Quanto à produção do estado da Florida fica evidente o declinio da mesma para os próximos anos. Embora os produtores estejam adotando em sua maioria técnicas para o convívio com a doença, o seu avanço é implacável. Na ultima safra houve uma redução de 9%, devido a queda acentuada de frutas, sem precedentes na historia da citricultura da Florida. A estimativa da USDA anunciava no inicio da safra passada 154 milhões de caixas, e ao final da mesma a produção encerrou com apenas 138 milhões de caixas. Este ano a produção deverá ser 6% menor em relação à passada, ou seja, próxima de 130 milhões de caixas. A primeira vegetação pós-florada não foi muito boa e os frutos estavam pequenos e atrasados (visita pessoal em maio de 2013). No entanto, a segunda vegetação de verão foi mais intensa e vigorosa devido a abindancia de chuvas, mas não o suficiente para recuperar o prejuízo. Ainda, se considerarmos a possível queda futura de frutos devido ao HLB, como aconteceu na safra passada, e de floradas múltiplas presente, podemos prever uma produção em torno de 120 milhões de caixas, simplesmente metade da safra de 2004.

Toda esta situação pode ser uma oportunidade comercial para o Brasil no curto prazo, pois força os EUA a importar mais suco para atender a sua demanda interna, em que pese o consumo americano esteja ainda caindo devido às inúmeras bebidas concorrentes no mercado. A economia americana vem aquecendo é verdade, mas não será suficiente para aumentar o consumo de suco de laranjas. Isto nos remete à necessidade estratégica de maiores investimentos em nosso mercado interno para o consumo de suco de laranja, pois o crescimento do consumo só é potencial nos países emergentes, como o Brasil. Mas, se por um lado em termos comerciais o declínio da citricultura possa ser uma oportunidade para o Brasil no curto prazo, por outro lado, o decréscimo da produção americana influenciará negativamente no montante de recursos financeiros destinados à pesquisa do HLB e no marketing do suco de laranja, prejudicando de uma forma indireta o nosso país.

Para o enfrentamento destes desafios o esforço deve ser conjunto; internamente ou mesmo externamente com os outros países produtores. Nossos concorrentes não então dentro do agronegócio citrícola e sim fora dele.

O Consultor Gilberto Tozatti – GCONCI, organizou a 23ª Missão Técnica à Florida e viajou sob os auspícios da Biofosfatos do Brasil, SaniCitrus – Mudas Cítricas e All Plant.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

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