quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Conferência on line sobre a cultura do mamoeiro

CHAT TÉCNICO SOBRE PROPAGAÇÃO DO MAMOEIRO REALIZADO NO SITE: http://www.todafruta.com.br/ . O portal mais importante da fruticultura brasileira.


APRESENTAÇÃO:

Temos o prazer de divulgar a comunidade, este importante chat sobre ASPECTOS TÉCNICOS DA PROPAGAÇÃO DO MAMOEIRO, realizado no TodaFruta no dia 26 de Outubro de 2009, onde contamos com renomados pesquisadores. Vale a pena destacar que nesta área a cultura do mamoeiro apresentou notável evolução técnica, e temos a certeza de que este chat será bastante útil aos interessados no assunto.

Participantes:

Dr. Sergio Lucio David Marin (sergio@tropicalhera.com.br)

Dr. Luiz Aurelio Peres Martelleto (luizmarte@hotmail.com)

Dr. Geraldo Ferregueti, da empresa Caliman (geraldo@caliman.com.br)

Coordenador: Dr. Carlos Ruggiero, professor titular de fruticultura da Fcav-Unesp (ruggiero@fcav.unesp.br)



1) Considerações Iniciais

Marina TF - Boa tarde Sérgio.
Sergio David - Boa tarde Marina.
Ruggiero - Prezado Sergio, é um grande prazer contar com a sua valiosa colaboração neste chat. Um grande abraço amigo.
Rodrigo-ES - Boa Tarde! As perguntas e respostas aparecem nessa janela mesmo?
Ruggiero - Prezado Rodrigo, sim aparecem escritas acima, depois daremos uma ordenada para deixar on-line.
Rodrigo-ES - A sim! Ok.
Sergio David - Prezado Dr. Ruggiero, o prazer é todo meu em participar.
Marina TF - Boa tarde. Sejam todos bem vindos a mais um chat técnico.
Francisco - Bom tarde Professor Rogério e demais convidados.
Marina TF - Bom tarde Luiz Martelleto seja bem vindo!
Ruggiero - Bom tarde Luiz é um prazer contar com a sua colaboração no desenvolvimento deste chat.
Luiz Martelleto - Boa tarde.
Luiz Martelleto - Tudo bem Sérgio?
Marina TF - Boa tarde Geraldo!
Geraldo Ferregueti - Boa tarde , é um prazer participar, representando a CALIMAN.
Luiz Martelleto - Boa tarde professor Ruggiero, tudo bem?
Geraldo Ferregueti - Bom tarde professor Ruggiero, é o Geraldo da CALIMAN.
Ruggiero - Prezado Geraldo, é um grande prazer contar com a sua colaboração, mostrando o bom trabalho desenvolvido pela CALIMAN.
Sergio David - Fala Martelleto! Que bom que você está aí pra dar uma força.

2) Perguntas Gerais
Rodrigo-ES - Existe alguma revista ou livro que é especializada nas técnicas do mamão?
Sergio David - Sim! Aqui no INCAPER do Estado do Espírito Santo você poderá encontrar essas publicações. http://www.incaper.es.gov.br/
Nota do TodaFruta: recomendamos uma procura na página mamão que temos no www.todafruta.com.br
Estudante-pós - Prezado Dr. Sergio o prof. Ruggiero, fala muito de você nas aulas, e da preocupação com o não aproveitamento do cv. Baixinho de Santa Amália, você tem este material na sua coleção?
Sergio David - Sim! O professor Ruggiero tem muita razão quanto ao não aproveitamento deste material em condições comerciais. Acredito que no ES não deva existir mais áreas cultivadas com o BSA. Sim tenho no Banco Ativo de Germoplasmas BAG da Tropical Hera.
Estudante Pós - A produção de sementes melhoradas teve um avanço significativo no Brasil, por quanto tempo é possível guardar as sementes sem perda do poder germinativo?
Geraldo Ferregueti - Depende de como a semente é produzida, se a fruta for colhida na maturação ideal, você fazer uma boa eliminação da sarcotesta e colocar a semente na umidade ideal (em torno de 6%) você consegue armazenar em câmara fria por ate 2 anos.
Geraldo Ferregueti - Sem perda de germinação.
Luiz Martelleto - E para quebra de dormência?
Pequeno Produtor - O que vem a ser sarcotesta?
Geraldo Ferregueti - E aquela membrana que envolve a semente.
Nota do TodaFruta: a Sarcotesta é aquela membrana de coloração negra que envolve a semente. Pode ser retirada manualmente, com o auxilio de uma peneira, passando levemente as sementes contra a malha da peneira
Pequeno Produtor - Dr. Sergio, para possibilitar um mínimo de comercialização, qual a área mínima para iniciar uma plantação?
Sergio David - Depende da distância do mercado. Aqui na nossa região 5,0 ha tem sido a área mínima recomendada.
Marina TF - Pergunta de internauta (Antonio Carlos Rossetti): Qual a idade produtiva do mamoeiro?
Sergio David - Marina a idade produtiva nas principais regiões produtoras tem sido de 24 meses de colheita.
Rodrigo-ES - Dr. Sérgio, um plantio de mamão em terra arrendada, qual o aproveitamento da irrigação quando tiver que tirar para outra área?
Sergio David - Rodrigo você sempre vai ter uma perda, mas dependendo do sistema de irrigação utilizada essa perda pode ser mínima.
Francisco - Qual o espaçamento ideal para o mamão papaia?
Sergio David - Francisco. Temos utilizado filas simples de 3,60 x 1,80 m ou duplas de 1,8 x 1,8 x 3,6m.
Sávio - O espaçamento de 3,60 por 1,80 pode ser usado para a prata anã, por isto o plantio nas linhas (entre covas) do mamão dá certo.
Rodrigo-ES - Para a região de Linhares-ES qual tipo de mamão mais indicado, como produção e mercado?
Ruggiero - Vale à pena comentar que Monte Alto-SP, já foi considerada a capital brasileira do mamão, mas em 1967 ocorreu uma doença de vírus, o Mosaico do Mamoeiro, que motivou a migração da cultura para fora do Estado, chegando nos atuais estados plantadores, Espírito Santo, Bahia, e o Rio Grande do Norte , (devido a proximidade dos mercados internacionais).
Sergio David - Rodrigo. Felizmente passado o boom da exportação está havendo um retorno gradativo da cultivar ’Sunrise Solo’ em substituição à ’Golden’.
Sávio - Professor Ruggiero, após o final da vida útil do pomar devo deixar a área sem mamão por quanto tempo antes de voltar a plantar na mesma área?
Nota do TodaFruta: recomendamos uma leitura nas questões relacionadas a doenças,que foram abordadas neste chat.
Ruggiero - Nestas regiões, utilizam um sistema de rouguing, ou seja, cortar as plantas doentes nos primeiros sintomas da doença, bem como portarias do governo que obrigam a erradicação de pomares doentes, o que não ocorria no Estado de São Paulo, contribuindo para a maior disseminação da doença.
Rodrigo-ES - Se for plantar mamão consorciado com café como seria o espaçamento?
Rodrigo-ES - E quando devo entrar com o café?
Ruggiero - Sávio é aconselhável dividir a lavoura em talhões, para haver uma avaliação melhor dos problemas, produtividade etc., é aconselhável quando da erradicação de plantas de cada talhão, utilizar outras plantas como leguminosas, crotalária, mucuna, etc., diminuindo a fonte de inoculo. Deve o produtor anotar bem os dados de custos de produção em cada talhão.
Sergio David - Rodrigo. Você deve neste caso priorizar o espaçamento do café que é cultura permanente e adaptar o mamão a estas condições. O café pode entrar depois que o mamão estiver com um ano de plantado.
Rodrigo-ES - Tem algum período de melhor plantio para o mamão?
Estudante-Pós - Qual a possibilidade de plantar mamão em ambiente protegido?
Sergio David - Rodrigo desde que você faça uso da irrigação pode-se plantar todo o ano. Contudo aqui na região tem se optado pelo plantio de modo que o início da safra coincida com a época de melhores preços de mercado que normalmente ocorrem de maio a setembro.
Ruggiero - Estudante pós: O plantio de frutas em ambiente protegido tem sido disseminado principalmente nas Ilhas Canárias-ES, onde existem 3.500 de banana nestas condições. É um campo interessante de estudos, havendo no presente momento mais dúvidas do que respostas, onde o Baixinho de Santa Amália se apresenta como uma boa alternativa devido ao porte baixo.
Sergio David - Estudante de pós, comercialmente ainda é pouco viável. Mas acredito que essa será a tendência do futuro do papaya em todo o Brasil. Lá no México nossos campos de multiplicação de sementes são todos efetuados em condições protegidas.
Rodrigo-ES - Qual o custo de uma planta até a produção? E o que entra nesse custo?
Sergio David - Rodrigo atualmente em torno de 7,00 U$ por planta por ano. Isso somente com operação de custeio. Não computando os investimentos em máquinas, equipamentos e irrigação.

3) Novos Materiais
Ruggiero - Prezado Sergio, comente a respeito do projeto com os novos materiais em desenvolvimento no México.
Sergio David - Sim! Estamos desenvolvendo todo o trabalho de melhoramento para a produção de híbridos aqui no Brasil ao passo que a parte multiplicativa tem sido feito em Guadalajara (México). Recentemente lançamos três novos híbridos denominados de Íntenzza’, ’Sensation’ e ’Siluet’ para o mercado da América Latina.
Marina TF - Geraldo, o senhor poderia comentar sobre a aceitação do hibrido lançado pela CALIMAN?
Geraldo Ferregueti - Sim, e um material de excelente sabor e aspecto, mas com relação à produtividade ele não conseguiu emplacar junto aos produtores de formosa, que trabalham com mercado interno onde a produtividade e mais importante que a qualidade.
Geraldo Ferregueti - Principalmente sabor e aparência, com Brixº em torno de 13 e um vermelho alaranjado de excelente visual.
Geraldo Ferregueti - Os produtores de formosa, que basicamente utilizam o Tainung como variedade focam na produtividade e na rusticidade do material, principalmente a longevidade do Tainung na pós-colheita.
Marina TF - Como anda a coleção de mamão, para possibilitar o desenvolvimento de trabalho de melhoramento?
Luiz Martelleto -
Sérgio como estão os seus híbridos no Brasil. Nível de produção, área cultivada etc.?
Sergio David - Martelleto! Por enquanto não temos híbridos alternativos ao ’Tainung’ para o Brasil. Estamos atendendo a mercados muito específicos ditados pela empresa Semillas del Caribe que atende vários países da América latina.
Luiz Martelleto - Esse novo CALIMAN, Geraldo, Prima em quais qualidades?
Marina TF - Geraldo, o senhor poderia comentar sobre a aceitação do hibrido lançado pela CALIMAN?
Estudante Pós - Geraldo, como anda o plantio no RN?
Geraldo Ferregueti - Muito bem, a produtividade media do RN estão batendo o ES.
Luiz Martelleto - Obrigado Geraldo.
Luiz Martelleto - Ok Sérgio. São estufas ou telados, lá no México?
Marina TF - Não deixem de acessar o www.caliman.com.br para obter mais informações.
Luiz Martelleto - É você na foto, Sérgio?
Luiz Martelleto - Pois ia perguntar sobre as alturas nos mesmos?
Sergio David - São telados de 2,5 metros de altura com utilização de tela anti-afídica. Surpreendentemente aliado ao 0% de vírus o rendimento de sementes por fruto polinizado sob estufa tem sido duas vezes superior ao em condições abertas.
Luiz Martelleto - Telado baixo! A que altura estes híbridos estão iniciando a frutificação?
Sergio David - Sim! É lá na nossa "estufa" em Tecomã (México). Creio que o nosso pessoal de marketing (Roberto Garcia) mandou essa foto prá Marina há certo tempo atrás.
Marina TF - Isso mesmo Sérgio, essa foto encontra-se no material publicado no TodaFruta, enviado pelo Roberto Garcia.
Luiz Martelleto - Na verdade Sérgio, a altura dos seus progenitores?
Sergio David - Polinizamos todos os frutos na estufa. Iniciamos a colheita à uma altura de frutificação média de 0,90 a 1,00m. Ainda assim despeito de colhermos somente seis a sete meses
Luiz Martelleto - Sérgio e o projeto ’Hera’?
Sergio David - Você fala de melhoramento?
Sergio David - Pois é estamos trabalhando o melhoramento no sentido de atender ao mercado consumidor da Semillas del Caribe. Neste sentido a Tropical Hera faz melhoramento aqui no Brasil e devido à dificuldade de trânsito internacional de sementes produz em condições protegidas no México onde as sementes são repassadas para a Semillas del Caribe que é responsável pela distribuição e comercialização no mundo.
O rendimento de sementes foi duas vezes superior ao de Linhares em condições.
Marina TF - Qual o futuro do cv. Baixinho de Santa Amália Adelaide?
Sergio David - O Baixinho da Santa Amália perdurou muito aqui no ES enquanto a região utilizava pivôt Centrais como forma de irrigação. Com o advento dos novos sistemas (gotejo e micro aspersão) passou a ser muito pouco utilizado.
Nota do TodaFruta: O Baixinho de Santa Amália , e não Adelaide, é um mutante natural, que apresenta um porte muito baixo, sendo portanto recomendado para o cultivo protegido , no entanto apresenta uma menor firmeza da polpa. È preciso que a pesquisa aproveite este presente que a natureza está a oferecer a cultura do mamoeiro.

4) Aspectos Gerais Sobre Propagação
Rodrigo-ES - Em Linhares-ES tem algum viveiro que você indica para comprar a muda??
Nota do TodaFruta: recomendamos entrar no site da Incaper, que tem feito um ótimo trabalho com a cultura do mamoeiro
Rodrigo-ES - Sérgio, no campo, a cova vai duas mudas (4sementes) como é isso?
Rodrigo-ES - E para plantar o mamão no campo, são duas mudas por cova é isso mesmo?
Sergio David - Rodrigo. Aqui em Linhares se utiliza, há anos, três mudas por cova distanciadas de 20 cm uma das outras dentro da cova.
Geraldo Ferregueti - Não usamos nada para quebra de dormência em papaya, ainda não vimos necessidade.
Nota do TodaFruta: a sexagem do mamoeiro, é uma atividade importante ,devido no geral os frutos femininos, terem um menor valor de mercado. Para diminuir a sua percentagem no campo, aconselha-se plantar 3 mudas por cova, e no momento do florescimento, descartar as plantas femininas, procurando deixar apenas as hermafroditas, portanto diminuindo o numero de plantas por cova, aumenta o número de plantas femininas.
Estudante_pós - Como andam os estudos para a sexagem precoce do mamoeiro?
Geraldo Ferregueti - Muito estudo e pouco resultado ainda...
Sergio David - Existe um trabalho muito interessante sendo conduzido na UENF pela Dra. Telma.
Estudante Pós - Qual a possibilidade de passarmos a enxertar comercialmente o mamão?
Nota do TodaFruta: a enxertia do mamoeiro, é um assunto que precisa ser melhor pesquisado, podendo ser obtida informações a respeito com Dr. Osvaldo Kiyoshi Yamanishi (kiyoshi@unb.br) ,pesquisador da UNB
Luiz Martelleto - Que tipo de substrato vem sendo mais usado para a produção de mudas na CALIMAN, Geraldo?
Geraldo Ferregueti - Nós temos utilizado um substrato a base de turfa, produzida pela EUCATEX.
O nome comercial é plantmax.
Luiz Martelleto - Ok e as suas mudas, de formosa, ficam prontas em quantos dias?
Geraldo Ferregueti - No verão mais ou menos 30 dias, no inverno cerca de 40 dias.
Luiz Martelleto - E como está o nível de mecanização no plantio destas mudas? Feitas em sulcos não é?
Geraldo Ferregueti - As mudas produzidas em tubetes nós usamos o plantio mecanizado.
Rodrigo-ES - E a mão de obra necessária por hectare qual seria?
Geraldo Ferregueti - Em papaya se necessita para todo processo (do plantio a pós-colheita de aproximadamente 0,8 HD/ha.
Rodrigo-ES - Quais as culturas que consigo fazer o consórcio com o mamão?
Geraldo Ferregueti - Rodrigo, em Linhares se planta muito mamão com café, citrus... Ou seja, varias culturas perenes que ficam após a saída do mamão, reduzindo os custos d eimplantaçao da cultura de fundo.
Pequeno produtor - Qual a quantidade mínima de sementes comercializada?
Geraldo Ferregueti - Se gasta em media de 150 a 250 g de sementes por hectares.
Sergio David - Se for utilizar sementes híbridas esse gasto com sementes cai para 70 a 90 gramas por hectare.
Pequeno Produtor - Dr. Sergio: conversei com alguns produtores antigos de Monte Alto, informando da inexistência naquela época de sementes selecionadas, e hoje como estamos neste assunto, bem como o custo de sementes para cada hectare a ser plantado.
Marina TF - O senhor poderia comentar sobre a propagação vegetativa para a cultura do mamoeiro?
Rodrigo-ES - E quantas gramas de semente vão precisar por hectare?
Sergio David - Quanto à produção de muda existem vários viveiros.
Produzindo mudas (em tubetes) de excelente qualidade. Normalmente esse viveiristas produz as mudas, mas a sementes são compradas pelos produtores. O custo das variedades do grupo ‘Solo’ tem variado de R$ 500 a R$ 750 por quilograma de semente. Para o plantio de 1,0 ha se gasta, em média, 250 gramas de sementes.

Nota do TodaFruta: é com prazer que informamos que existem fortes grupos de pesquisa, que proporcionam a cultura ótimos materiais, item fundamental para que o Brasil ocupe a posição que ocupa dentre os países produtores, com ótima produtividade, e qualidade dos frutos produzidos



5) Sobre Doenças
Marina TF - Pergunta de internauta (Antonio Carlos Rossetti): Como combater as pragas ("varíola, enrugamento")?
Sávio - Prof. Ruggiero, não temos problemas com fungos do tipo fitoftóra por aqui, esta não é a preocupação. Queria saber se o vírus do mosaico sobrevive em restos da cultura.
Sávio - E eu refiro-me as lavouras erradicadas devido ter chegado ao final da vida útil, excesso de comprimento dos pés, impossibilidade de colheita.
Sergio David - Geraldo você chegou na hora certa. Tem uma pergunta aí prá trás sobre controle de varíola que ficou sem resposta.
Marina TF - Geraldo a pergunta que o Sérgio se refere é: Pergunta de internauta (Antonio Carlos Rossetti): Como combater as pragas ("varíola, enrugamento")?
Geraldo Ferregueti - A varíola ou pinta-preta é hoje a doença fungica mais importante do papaya.
Luiz Martelleto - Em estufa, temos combatido a varíola com calda bordaleza mais leite cru, direcionada apenas para os frutos.
Geraldo Ferregueti - Nos temos usado bastante calda sufocalcica, intercalada com o uso de triazois.
Rodrigo-ES - Quanto tempo a área plantada precisa de descanso no final da colheita?
Geraldo Ferregueti - Na CALIMAN deixamos as áreas em descanso por 16 meses.
Sávio - O descanso é para evitar propagação de variola ou de virose?
Geraldo Ferregueti - Ambas, e doenças de solo também, principalmente phytophtora.
Geraldo Ferregueti - Aliada a prática de manejo, principalmente a desfolha e a desbrota.
Sávio - E outra sobre a sobrevivência do vírus do mosaico em restos da cultura também.
Sergio David - Segundo o Dr. Enilton do INCAPER dentre as ervas daninhas que podem "abrigar" o vírus deve-se atentar para a "trapoeraba" em áreas de mamoeiros muito afetadas pelo vírus.
Sávio - Temos experiência com banana prata anã plantada na mesma linha (entre covas) do mamoeiro, planta-se 6 meses a 1 ano apos o plantio do mamão, ao fim da vida útil do mamão este é erradicado e a lavoura de banana está bem adiantada.
Luiz Martelleto - Rodrigo, aqui na PESAGRO estamos inciando um projeto onde o mamão, é uma das, que entra em agrofloresta. Parece uma opção muito interessante.
Rodrigo-ES - É feito poda das plantas?
Geraldo Ferregueti - Não.
Rodrigo-ES - O terreno pode ter algum declive ou tem que ser praticamente plano?
Geraldo Ferregueti - Até uma declividade de 5% se cultiva com tranqüilidade.

6) Perguntas Gerais
Marina TF - Pergunta de internauta (Antonio Carlos Rossetti): Qual adubação necessária para uma produção constante?
Nota do TodaFruta: Recomendamos entrar em contato com Dr. Geraldo Ferreguetiueti da Caliman, ou com os técnicos da Incaper.
Estudante Pós - Dr. Geraldo, a CALIMAN tem algum projeto para aproveitar a massa vegetal, representada pelas plantas erradicadas pelo rouguing, como por exemplo, para a produção de papaína
Geraldo Ferregueti - Nós trabalhamos em um projeto pensando em extrair a papaína das plantas e frutos erradicados, desde as plantas eliminadas na sexagem até as plantas eliminadas com viroses, mas os investimentos necessários inviabilizaram o projeto.
Marina TF - Como o mercado internacional é visto?
Ruggiero - Qual o impacto da cotação do dólar, na cultura do mamoeiro para o mercado interno e externo?
Nota do TodaFruta: no geral o dólar baixo, é uma reclamação por todos que exportam. No entanto temos a compensar ,a potência do mercado interno brasileiro, onde se faz necessário investir em mais propaganda, educar as crianças, para desenvolverem novos hábitos alimentares, onde o mamão se apresenta com grande potencial. È preciso também que o mamoeiro venha a ser aproveitado em toda a cadeia produtiva, como doces, néctar ,etc, e resolvendo o problema das viroses, o mamoeiro se apresenta como ótimas possibilidades para ser cultivado em fundos de quintais, chácaras .
Rodrigo-ES - Em relação à outorga em área que tem água de lagoa, como está para conseguir tem alguma informação?
Geraldo Ferregueti - Para o pedido de outorga você pode entra no site do IEMA que ela tem toda a informação necessária.
Marina TF - Confiram uma matéria sobre a revolução do cultivo de mamão no mundo: http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=19718
Geraldo Ferregueti - Você baixa os formulários e preenche com as informação solicitadas tipo 9 vazão necessária, localização, tipo de irrigação e etc)..e submete ao IEMA.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ruggiero - SERGIO, GERALDO, MARTELLETO, obrigado pela valiosa colaboração, o que nos anima a continuar com este projeto, pois existe uma disparidade entre os conhecimentos gerados e aqueles disponíveis aos produtores, onde precisamos fazer uma avaliação mais qualitativa do que quantitativa dos trabalhos publicados.


Marina TF

Gostaria de agradecer a presença e colaboração de todos que participaram do Chat de hoje. Informo que iremos fazer algumas correções e organiza-lo, para inserirmos no http://ww.todafruta.com.br. Qualquer dúvida, vocês podem entrar em contato conosco através do e-mail: todafruta@todafruta.com.br ou marina@todafruta.com.br

Data Edição: 10/12/2009

Fonte: TodaFruta

A danosa cigarrinha verde

Cigarrinha verde (Empoasca kraemeri - Hemiptera, Cicadellidae) promove grande dano econômico no cultivo orgânico de vagem (Phaseolus vulgaris) estufa.


Cultivo realizado na Pesagro-Rio de Seropédica, com a variedade 'Teresópolis'.
Tivemos experiência recente do seu ataque em mamoeiro, a qual foi de difícil debelação. O produto aceito pelas normas da produção orgânica mais eficiente foi a mistura do óleo de neem + a calda sulfocálcica.




Presença da cigarrinha no lado inferior da folha, no fruto, encarquilhamneto de ponteiras. Ocorrência de oídio na aprte superior da folhas.








quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Visita ilustre no Campo Experimental de Avelar

O prof. Emérito da UFRRJ, Raul de Lucena, nos acompanhou em umas das nossas viagens a periódicas no Campo Experimental de Avelar. O prof. Raul que a décadas se dedica à pesquisa, ao ensino e à divulgação da agricultura orgânica.
Visita à área onde está se implantando um modelo de agrofloresta de forma experimental. Serão incluidas neste estudo oito espécies de importância econômica.
O Campo de Avelar que é ligado à Pesagro-Rio de Seropédica/CEPAO (Centro Estadual de Pesquisa em Agricultura Orgânica).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tulha e senzala

Em nossa viagem para conhecer e avaliar os cultivos de cacau em Bom Jesus do Itabapoana encontramos na fazenda Sacramento, do Sr. Messias e Sra. Lourdes, uma construção histórica.

Uma tulha ou paiol, que segundo o senhor Messias, tem 2004 anos. O monumento foi abrigo de escravos no século XIX.
Construída, segundo nos informa, no ano de 1806, dois anos anos antes da chegada do rei Dom João IV e seu séquito, que abandonaram Portugal em razão da tirania de Napoleão Bonaparte.



Abrigo das cantanhas cacau, secando, nos dias de chuva

Baldrame interiço na parte inferior.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Seleção de abobrinha para cultivo na primavera

Buscando opção de cultivo em estufa no período intermediário após cultivo de inverno até o verão para a região metropolitana do Rio de Janeiro, montou-se uma competição de abobrinha (casertas e menina brasileira) em Seropédica.

Aspecto das plantas 37 dias após o plantio.

Flor feminina
Flores masculinas

Fruto vingado - CV CAC melhorada

Produção em sistema orgânico - diversidade animal

 Planta atacada por vírus, muito possivelmente o “squash mosaic virus - SqMV”.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Variola do mamão

Nesta época do ano as condições ambientais são muito propícias para o fungo, Asperisporium caricae,  causador da variola do mamão.
Ensaios com o uso do leite integral + calda bordalesa foram efetivos no controle deste patógeno.
Lesões de Asperisporium caricae (colonização preta) hiperparasitadas por outro fungo (colonização branca), Cephalosporium sp.

Chegamos hoje, 14 de outubro de 2010, a 5000 visitas

Dia 12 de Outubro

Um dia multicomemorativo no Brasil.
Dia da padroeira do Brasil - Nossa Senhora Aparecida
Dia das crianças
Dia do Engenheiro Agrônomo
Dia abrilhantado pela bela apresentação do Paralamas do Sucesso na UFRRJ, bem em Frente da Pesagro de Seropédica
Do grupo Paralamas, Bi e Barone foram alunos da Rural. O tecladista é o nosso amigo João Fera, aqui da Ecologia
Vídeos de parte do Show:



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Seleção de cepas mais virulentas de Fusarium em feijoeiro

Tipos mais virulentos visando ser usados nos trabalhos de controle biológico deste patógeno.
Trabalho de tese de doutorado em parceria com a UFRRJ.

Semeadura em bandeja conduzido em casa de vegetação

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pesagro Seropédica vai à marinha da ilha de Mocanguê

Atendendo solicitação do comandante do Centro de Adestramento “Almirante Marques de Leão” (CAAML) da Marinah Brasileira, localizado na Ilha de Mocanguê, Niterói-RJ, técnicos da Pesagro de Seropedica estiveram no dia naquele comando, passando instruções técnicas para a melhor condução das plantas que compõe o parque paisagstico ao lado da ponte RIO-NITERÒI.

O CAAML é subordinado ao Comando-em-Chefe da Esquadra (COMEMCH) e tem como atividade principal adestrar o pessoal que guarnece os navios da Esquadra, com ênfase no desempenho de Operações Navais e Controle de Avarias. Também realiza diversos cursos do Sistema de Ensino Naval, disseminando doutrinas táticas e procedimentos operativos, bem como instrução e adestramento para servidores militares e civis extra-Esquadra, de outras Forças Armadas, de Marinhas Amigas e de organizações civis governamentais e particulares. Atualmente, ministra mais de 40 diferentes cursos, com cerca de 7.000 alunos/ano. Além disso, realiza inspeções de verificação de desempenho das unidades de superfície da Esquadra.

O Centro de Adestramento “Almirante Marques de Leão”, o conhecido Camaleão, vem se modernizando continuamente, tanto pela aquisição e instalação de novos e sofisticados equipamentos e simuladores, como pelo preparo de pessoal, que tem a responsabilidade de ensinar e adestrar os homens que guarnecem nossos navios. O Camaleão, há mais de 50 anos, procura desempenhar cada vez melhor sua missão, acompanhando o rápido e contínuo desenvolvimento tecnológico e divulgando novas técnicas, contribuindo, dessa forma, para o progresso de nossa Marinha. (Fonte: http://www.mar.mil.br/caaml/historico.htm)
A ilha de Mocanguê foi doada à Marinha do Brasil pelo Governo Federal em dezembro de 1973 Nela foi estabelecida, em julho de 1977, a Estação Naval do Rio de Janeiro, extinta em maio de 1986 para dar lugar à Base Naval do Rio de Janeiro, integrada por uma série de Organizações Militares voltadas para a capacitação de pessoal para o exercício de cargos e funções na Marinha Brasileira. (Wikepedia)




Bico de pato atacado por cigarrinha verde e mosca branca
Presença de ambas pragas
Citros atacado por orthezia e Pinnaspis
Foram passadas instruções de práticas e manejo fitotécnico, controle de pragas e doenças sem uso de produtos perigosos e prática de nutricão das plantas.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Diagnóstico de bicho mineiro em café (Coffea arabica) - Valença/Juparanã, RJ


Numa mesma época todos diferentes estágios de frutificação combinado com a perda da folhagem o que implicará na qualidade e quantidade da produção.


Folhas atacadas pelo bicho mineiro abortadas precocimente.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Praga no cultivo de palmito - palmeira real australiana

Indroduzida comercialmente para a exploração de palmito no Brasil a palmeira real australiana já começa a sofrer os seus primeiros revéses fitossanitário.

Duas espécies de besouros, pragas comuns do cultivo da bananeira, e mais uma comum do coqueiro foram observados causando grandes perdas num cultivo desta palmeira no municípiop de Valença-RJ.
Trata-se de um cultivo experimental em agrofloresta com seringueira.
Palmeira morta pelo ataque
Observação de quem está promovendo os danos
Ataque do Rinchoforus palmarum
Presença do praga da bananeira. Coleta de besouro morto por fungo antagonista, levado para ser multiplicado em laboratório, visando o controle biológico
ataque na região base do palmito
Presença da larva se alimentando do palmito
Estipe da palmeira, onde o palmito foi colhido, criatório da praga

Palmeira iniciando colonização no estirpe
Forma jovem do Rinchoforus

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